sexta-feira, 13 de abril de 2007

Royal Golf Club

Aos Domingos de manhã tinha esse aprazível hábito de tomar o pequeno almoço, um sumo de laranja e uma tosta mista na esplanada do bar-restaurante do Tangier Royal Golf Club. Ali encontrava-se com o director da dependência do Banco de Marrocos, com o cônsul de Espanha (com quem até aprofundou algum relacionamento, pese a diferença de idades, pois partilhavam memórias de lugares que ambos conheciam), com promotores imobiliários e também com a “malta” portuguesa expatriada, na sua maioria gerentes de empresas nacionais ou estrangeiras estabelecidas na zona franca, perto do aeroporto Ibn Batouta. Com estes últimos, o principal divertimento era posicionar “baterias” na fairway e ensaiar swings com vista a atingir os putos que passavam de balde na mão a apanhar bolas, coisa que raramente conseguiam, mas eram feitas apostas.
Um clube de golfe serve para tudo e mais alguma coisa que se possa imaginar e que está para além do desporto. Logo à partida, a admissão de novos sócios obriga ao convite efectuado por veteranos, o respeito por umas normativas complexas de ética e comportamento social que pouco ou nada têm que ver com a actividade em causa. Ali se reserva o estatuto de quem pode pagar, sendo na maior parte dos casos uma mera aplicação financeira com vista no retorno.
Ser sócio de um clube de golfe é como ser membro de um partido político, há que aparecer, gerir contactos, jogar de vez em quando ou mostrar que se sabe qualquer coisita do jogo (praticar uns swings no mínimo), mandar umas “postas de pescada” sobre os campeonatos internacionais em curso, colocar o boné da marca Wilson e calçar uns sapatos de sola especial grampada. A luva branca da mão esquerda (caso seja destro) também é imprescindível. O resto do equipamento pode fazer falta ou não, sendo verdade que os "tacos" são caros é sempre possível utilizar material emprestado.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mister James,

I have to say that it's true that Morroco sort of "sucks", but let s admit also that it s got the same darkest side that you can easily find in each country of this world... Wherever you go in this small world, you must have everything valued by money and fame.
Somtimes it s hard to meet rich and important people in commun places, that s why u have to reach special expensive places like the GOLF CLUB or similar to meet them.
But guess what Sir Stuart, in my opinion, expensive places in morroco are for darkest people (not negroes but business negers)!
and for stupid idiots lacking all kind of what s the real meaning of aristocracy. However, let's say that it s not 100% true, because there s a minority of others that are rich and are smart and really go to the GOLF CLUB to swing as professionals because they have a good sway, and never search for kids heads as targets!!!
Sometimes you make a hell of nothing and you only dig to search for the black little insignificant "nodoa" in the BIG XXXXL WHITE TEE-SHIRT!! But that s what makes u soooo JAMES STUART!
Anyway! i allow you to critisize! no matter u never critisize what u do neither let people make it ;)
That s your blog! freedom baby!
WHATEVER!