segunda-feira, 28 de maio de 2007
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assimilando um vício Magyar por entre viagens, aventuras e outros compromissos
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes, nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho. Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal que mata e não se vê. Que dias há que na alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei porquê. Luís Vaz de Camões (1525-1580)
E outra vida que é pensada, E a única vida que temos É essa que é dividida Entre a verdadeira e a errada. Fernando Pessoa (1888-1935)
Desceu-me n'alma o crepúsculo; Eu fui alguém que passou. Serei, mas já não me sou; Não vivo, durmo o crepúsculo. Mário de Sá Carneiro (1890-1916)
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