Com a reconquista houve necessidade de reabilitar o edifício (onde se verificou uma conversão de estilo gótico para barroco), mas foi entre 1882 e 1891 sob a autoridade austríaca (a cargo do arquitecto vienense Friedrich Schmidt) que as grandes obras de renovação (embora a estabilização das paredes e cobertura tenham sofrido importantes trabalhos de engenharia entre 1805 e 1830 sob a supervisão do arquitecto húngaro Mihály Pollack) trouxeram a magnitude à Catedral de Pécs ao estado similar que hoje se encontra (o estilo actual aproxima-se do original, românico, portanto é neo-românica).
Em termos de interiores é simplesmente magnífica e deveras incomum, principalmente pela área de pintura (frescos de Károly Lotz), onde nenhuma superfície foi olvidada, bem como o altar do séc. XVI em mármore vermelho e um epitáfio de alabastro do séc. XVII feito em Roma.. O exterior, sóbrio de quatro torreões, apresenta um actual estado de conservação exemplar (as estátuas dos doze apóstolos junto à cornija são da autoria de Károly Antal).
Digno de nota é o portão em bronze da entrada principal, na verdade trata-se de uma escultura já do séc. XXI que demonstra ser possível a harmonia entre peças e obras de arte de diversas eras no mesmo conjunto.
Uma videira entrelaçada onde se escondem pássaros e outros seres vivos graciosos, mas também onde aparece representado, discretamente, a imagem de Szent Istvan (o rei católico da Hungria) a entregar a própria Catedral ao Bispo de Pécs. A história, a verdade da história por vezes é representada pelos mais pequenos detalhes com significados múltiplos e de inteligência preciosa.
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