sábado, 30 de maio de 2009

Álmos fejedelem

Filho de Ogyek e Emese, neto de Olnedobel, o Príncipe Álmos foi o pai de Árpád, o Grande Príncipe. Provavelmente nascido em 820 (numa região habitada por eslavos onde se formou posteriormente o Principado de Kiev) tornou-se líder tribal dos Magyar em 858 e viveu até ao ano 895 ou 896.
Existem algumas lendas em redor do nascimento e morte de Álmos, bem como algumas referências a profecias sobre os destinos e propósitos da sua liderança tribal, pois este príncipe nunca chegou a entrar na bacia dos Cárpatos.
Álmos, na língua húngara também significa “sonolento”

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Atlântida

“Eu ouvi o meu avô contar essa história, a qual ouvira de Sólon, o célebre filósofo”, disse Crítias nos diálogos com Timeu, escritos por Platão.
O filósofo grego Platão (427-347 a.C.) obteve no Egipto o conhecimento sobre a existência e a destruição de Atlântida, ocorrida mais de 9 mil anos antes.
“Há um manuscrito com o relato de uma guerra lavrada entre atenienses e uma poderosa nação que habitava uma ilha de grandes dimensões situada no Oceano Atlântico. Nas proximidades dela, existiam outras e, mais além, no extremo do Oceano, um grande Continente. A ilha chamava-se Poseidonis ou Atlantis e era governada pelos reis aos quais também pertenciam as ilhas próximas, assim como a Líbia e os países que cercam o mar Tirreno”, contaram os sacerdotes egípcios de Tebas a Sólon.
No início dos tempos, os deuses dividiram a Terra entre eles e a Poseidon (deus dos mares) coube a Atlântida, a ilha situada a oeste das Colunas de Hércules (o estreito de Gibraltar). No meio da ilha havia uma montanha, talvez um vulcão, onde moravam os humanos Evenor, sua mulher Leucipa e sua filha Clito. Após a morte de seus pais, Clito uniu-se a Poseidon e tiveram dez filhos. Atlas, o mais velho, governou os outros nove.
“Quando os deuses fizeram a partilha do mundo, a Atlântida coube a Poseidon, que ali viveu em companhia de Clito. De sua união com a mortal nasceram dez filhos, dos quais o mais velho era Atlas. Atlas recebeu do pai a supremacia da ilha, que dividiu em 10 partes, tomou uma para si e dividiu as restantes entre seus irmãos.”
Poseidon havia dividido a Atlântida em zonas concêntricas de terra e água. Com recursos naturais aparentemente inesgotáveis, os atlantes domesticaram animais selvagens, acederam a minerais e metais preciosos, desenvolveram conhecimentos sobre magnetismo e poderes de cristais. Também ergueram palácios, templos, canais e portos.
Tendo atingido um nível de cidadania desenvolvido e igualitário, segundo a narrativa de Platão, os atlantes tentaram invadir Atenas, mas foram vencidos pelos gregos. Depois os deuses extinguiram essa civilização através de uma catástrofe, um terramoto seguido de um maremoto. Atlântida, a ilha de Atlas, afundou no Oceano Atlântico.
“Punida por seus vícios e seu orgulho, a Atlântida foi engolida pelo oceano”.
“Mas depois ocorreram ali violentos terremotos e inundações e num único dia e noite de infortúnio, todos os seus guerreiros afundaram na terra e a ilha de Atlântida desapareceu nas profundezas do mar.”
Não é referido o destino dos eventuais sobreviventes atlantes ou de seus descendentes, talvez porque os diálogos não tenham sido terminados ou simplesmente porque a história de Atlântida é uma alegoria filosófica de Platão, tal como indicou Aristóteles, seu discípulo.
Verdade é que como relato histórico (hipotética verdade), existem bastantes contradições na narrativa de Platão: O Mundo havia sido dividido pelos deuses venerados por gregos (hoje mitológicos). Porém a queda de Atlântida, segundo os sacerdotes egípcios, aconteceu por volta de 9600 a.C., quando Atenas ainda não existia, tampouco técnicas agrícolas, ou a escrita. Platão refere também a existência de elefantes, quando nessa idade somente existiam mamutes ou mastodontes.
Centenas de historiadores e arqueólogos investigaram sobre a existência e localização de Atlântida, mas apenas filósofos entenderam o seu significado. A alegoria transformou-se em mito.
As imagens apresentadas não são propriedade do autor.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Géza fejedelem

Géza foi um príncipe Magyar, filho de Taksony, neto de Zoltán e por consequência bisneto de Árpád.
Dirigiu as tribos e nação entre 970 e 997 e foi responsável por algumas decisões que mais marcaram o destino e o comportamento do seu povo.
Com Géza os Magyar estabeleceram-se definitivamente no território que os seus antecessores conquistaram, abandonaram o estilo de vida nómada e aproximaram-se dos restantes povos europeus.
De modo a garantir a paz e a tolerância das nações vizinhas foi fundamental a conversão em 972 do príncipe ao cristianismo, mesmo sendo verdade que somente o seu filho Vajk (baptizado posteriormente de Istvan) levou a sério o abandono dos costumes pagãos e a devoção ao Deus cristão.
Foi o próprio Otto I, o monarca germânico do Sacro Império Romano, que enviou um monge beneditino para baptizar o príncipe húngaro, no âmbito dos acordos de paz estabelecidos entre as partes onde o Império Bizantino também assentou.
Esta postura de aproximação ao Ocidente foi uma iniciativa completamente inovadora e oposta à do seu antecessor (de guerra e saque). Muitas tribos não o apoiaram por considerarem que estava em causa a perda da independência do povo, mas na verdade foi o início da diplomacia e do reconhecimento da nação Magyar como um reino.
Durante a governação de Géza ainda existiu expansão territorial, nomeadamente a ocidente do Danúbio e a norte.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sztálinváros

Sztálinváros significa “Cidade de Estaline” e foi baptizada com esse nome no ano de 1952. A partir de 1961, ou seja quase dez anos após a fundação, Sztálinváros mudou de nome para Dunaújváros, que significa “Cidade nova do Danúbio”, capital da província de Fejér no centro da Hungria.
A cidade de Dunaújváros é uma das mais recentes na história do país, foi toda edificada na década de 50 durante o grande programa de industrialização nacional do pós-guerra.
Originalmente, ou seja, o plano para a construção de um centro industrial pesado era em Mohács, perto da fronteira com a Jugoslávia, mas porque estava em causa também o rearmamento nacional, por questões de segurança foi preferido este lugar ao centro do país.
A construção de Sztálinváros começou em Maio de 1950, perto da antiga Dunapentele (chamava-se Pentele quando foi fundada em meados do séc. X no local onde existiu a Intercisa, acampamento e cidade romana da Pannonia), projectada para cerca de 25.000 residentes, em 1954 (quando a grande indústria do ferro e aço começou a produzir) já contava com mais de 27.000, e em 1960 com mais de 31.000 habitantes.
Actualmente Dunaújvaros mantém as actividades centradas no plano industrial, a siderurgia nacional continua a produzir, mas entretanto instalaram-se no local outras industrias diversas, tais como fabricação de pneus, material para telecomunicações etc. Nos anos 80 chegou a ter uma população de 60.000 habitantes, mas que tem vindo a decrescer a par da terciarização da economia e dos atractivos criados na capital.
As imagens apresentadas não são propriedade do autor.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Új 200 Ft-os érme

Há cerca de ano e meio "estalou" uma polémia acesa em redor da imagem utilizada nas notas de banco de 200 Forint, representação de Róbert Károly, Rei da Hungria (Napoli 1288 – Visegrád 1342): Apareceu um indivíduo, por sinal "cara-chapada" da referida gravura do monarca, a afirmar (apresentando alegadas provas) de que haviam utilizado fotografias da sua face como modelo para a representação editada pelo Magyar Nemzeti Bank.
Para cúmulo, historiadores e entendidos de arte confirmaram não terem conhecimento de quaisquer pinturas ou gravuras contemporâneas do referido rei, pelo menos com tal perfeição e detalhe. Não existindo portanto uma imagem verdadeira de Róbert Károly, o Banco Nacional Húngaro perdeu a viabilidade de argumento, ou seja, remeteu-se ao silêncio.
Passados uns meses o MNB decidiu substituir o papel-moeda por dinheiro metálico, o que será uma realidade durante o mês de Junho de 2009. Os custos desta operação de recolha e reposição são tão altos que levará alguns anos para compensar, embora seja verdade que o banco deixará de gastar cerca de mil milhões de Forint anuais na impressão constante destas notas.
Decorria o Verão de 2008 quando durante quinze dias foi dada a possibilidade ao público (do tipo mais atento ou simplesmente interessado no tema) de votar a sua preferencia na página web da Magyar Pénzverő Zrt. (Casa-da-moeda húngara), escolher uma de seis propostas para a imagem a cunhar numa das faces da nova moeda.
O resultado são 70 milhões de unidades da nova moeda de 200 Forint, uma bi-color (liga de cobre, níquel e zinco) com 28,3 milímetros e 9 gramas de peso com a imagem em perspectiva da Lánchíd (ponte de correntes), também conhecida pelo nome de Széchenyi-híd, sobre o rio Danúbio em Budapeste.
As votações, segundo relatório emitido, revelaram 52% de intenções para a imagem da Lánchíd (ponte de correntes), 18% na fehér gólya (cegonha branca), 13% na Megyery-híd (um ponte inaugurada no final de 2008, também sobre o Danúbio, mas em perfil de auto-estrada, numa circular externa de Budapeste), 8% no fakopáncs (picapau), 6% na planta cifra kankalin e 3% na flôr kövér daravirág.
À data de hoje a taxa de câmbio Euro/Forint é de 1 Euro = 279,56 Forint. Portanto, uma moeda de 200 Forint vale cerca de 72 cêntimos de Euro (144 Escudos na anterior moeda portuguesa).

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Nasci a 5 de Maio

Durante todo aquele dia estive constrangido, sentia tudo à minha volta a tremer, o coração da minha mãe a bater diferente e uma pressão constante no meu habitáculo.
Depois a coisa piorou quando começaram com empurrões nas minhas costas e puxões na cabeça e pelo pescoço.
Não entendi nada do que me estavam a fazer, enfiaram-me coisas na boca e no nariz, levantaram-me e baixaram-me umas quantas vezes que até tive tonturas, já para não falar do frio, intolerável.
Durante uns momentos voltei a estar junto da minha mãe, abraçou-me e falou comigo. Não durou muito esse conforto, fizeram-me voar novamente, como se fosse um pássaro, e aterrar debaixo de água, por sorte estava quentinha.
Continuei confuso, pensei que ia morrer de tanta maldade, com panos a esfregarem-me na cara e outros puxões, agora pelos braços e pernas.
A luz continuava tão forte que me doíam os olhos, mas passei a não sentir frio e ouvi o meu pai, falava enquanto agarrava a minha mão. Quis vê-lo mas não consegui, estava muito longe, pareceu-me ser verde.
Um pouco depois voltei a estar junto da mamã, já não falava tanto como antes, mas tocou-me na cara e também nas mãos, deixei de ter mêdo.
Não me recordo de mais nada nesse dia, estava tão cansado que adormeci.
Relato gentilmente cedido por Árpád Zsolt, recém nascido.

domingo, 3 de maio de 2009

Estereograma (4)

Novamente um animal de esqueleto cartilaginoso da classe dos Chondrichthyes, subclasse dos Elasmobranchii.
Este peixe da super ordem dos Selachimorpha habita em todos os oceanos e alguns mares, e aparece, através de um estereograma, no Szerinting pela segunda vez.
De modo a descobrir a silhueta, o exercício proposto é fixar o olhar num ponto de infinito durante alguns segundos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Lusitânia

Estrabão (séc. I a.C.): “Ao norte do Tejo estende-se a Lusitânia, a mais forte das nações ibéricas e a que durante mais tempo resistiu aos Romanos (...) A região é naturalmente rica em frutos e gados, assim como em ouro, prata e muitos outros metais, mas, apesar disso, a maior parte destas tribos renunciou a viver do trabalho da terra para se dedicar ao banditismo, em lutas constantes uns com os outros (...) e o país encheu-se de ladrões.”