Szeged e Tisza são inseparáveis, mas somente a primeira depende do segundo, sempre assim foi, sempre assim será.
O caudal do Tisza é tranquilo, parece tão pacífico como inofensivo, todavia é imprevisível e bem mais instável que o Duna, também este fonte de riqueza, razão de tão pujante fertilidade.
A cidade contempla o rio, respeita o poder e a força destruidora da água, sempre lenta. Reincidente, Szeged foi completamente devastada no séc. XIX em função dessa hierarquia, o esplendor do Tisza não desaparece da memória de um povo que nunca alimentou a capacidade de o odiar.
Homenagens são muitas, tantas quanto expressões artísticas sejam possíveis, da arquitectura à pintura, do teatro à escultura, da música e da literatura. Szeged é arte e sabedoria, é mármore e bronze moldados em distintos momentos, expostos em quaisquer largos, praças ou jardins.
Kérész é um insecto, algo parecido com mosquito. O Kérész pertence ao Tisza como tantas outras vidas que ali conhecem a sua casa e dele dependem. Pertence porém a Szeged, confirmado pelo nobre metal que lhe confere uma importância maior do que a sua esperança máxima de viver, somente de um dia.
A beleza desta estátua é proporcional à complexidade provável da sua execução e não tanto pelo seu significado. Permanece fixada no paredão que resguarda a cidade do rio e ganha outra dimensão quando acontece as águas atingirem um nível próximo ao do pedestal.
terça-feira, 29 de julho de 2008
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