quinta-feira, 24 de maio de 2007

Oceanário de Lisboa

O Oceanário de Lisboa é daquelas coisas que tem sentido de existir. É pena que os preços aplicados não facilitem o acesso a todas as famílias, também é pena que o Aquário Vasco da Gama no Dafundo tenha sido atirado para o esquecimento por consequência (O “Aquário” é um museu administrado pela Marinha Portuguesa desde 1901, com milhares de peças expostas e mais de cem anos de história, onde realmente se aprende algo sobre o mar e espécies vivas, enquanto que o “Oceanário” é um espaço de exibição de animais vivos, tal qual um “jardim zoológico”, marinho e de alta tecnologia é certo).
O edifício do “Oceanário” tem um desenho extraordinário, que aliás não contrasta com esse espaço fabuloso que é o Parque das Nações, resultado inteligente da Expo 98, onde o orgulho e a vaidade nacional atingiram os píncaros...
A “zona da expo” é isto mesmo: Uma torre “especial de corrida”, desenhada por um estrangeiro de renome, uma estação ferroviária com características, dizem, extraordinárias (ventosa como tudo, mas que tem pinta, lá isso tem), uma espécie de coliseu coberto feito de materiais vindos lá da Escandinávia e com aspecto de “Tólan naufragado” (porém muito parecido com o Puskas Stadium de Budapest) , uma zona de restauração com dignidade e limpeza, jardins do tipo tropical e insular, uma avenida de postes carregados de bandeiras, lagos e fontanários, um teleférico e uma vista soberba sobre o Tejo sem esquecer aquela magnífica ponte de 17,2 km de comprimento, afinal ainda a maior da Europa.
Não tem mal nenhum nisso, há que ser vaidoso, que na Exposição do Mundo Português também o foram os nossos antepassados, resultou então naquela belíssima Praça do Império, Monumento aos descobrimentos (Padrão definitivo em pedra somente nos anos 60), Museu de arte popular e Aeroporto da Portela.
Ainda sobre o “Oceanário”, ali se encontram animais voadores e nadadores, pássaros, peixes e mamíferos que gostam sobretudo de banhos. Os depósitos de água gigantes são realmente uma obra de arte, onde se juntaram amigavelmente exemplares do tipo selachimorpha (tubarões) com outros da ordem bathoidea (raias ou jamantas) e tantos outros que ora grandes ou pequenos, raros e comuns, excepto a infeliz sardinha que só serve de alimento ao casal de lontras-marinhas (fadista e futebolista, caso sério para sábios do tipo Vasco Santana, seguramente perante uma bi-lontra, dupla de animais anfíbios) e suas crias.

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