Passaram cerca de vinte anos desde a primeira visita à península. As encantadoras fachadas de marquises brancas com janelas de guilhotina - uma quadrícula que se repete em proporções diferentes - verificam-se perpétuas enquanto tradição e vaidade.
O passeio marítimo agora tem uns oito quilómetros de comprimento, o maior da Europa e talvez o mais belo, embora a paisagem natural se mantenha inalterada, é sempre a mesma força líquida e indomável da natureza a desafiar a dureza da rocha.
A meio do percurso, a pé ou de eléctrico, a Torre de Hércules continua erecta e permanente de labor, mais do que um monumento é o farol mais antigo do mundo em funcionamento (dezanove séculos).
A Cidade de Cristal nasceu perfeita porque seria impossível nascer diferente. A praias de Riazor e Orzán já lá estavam (istmo) antes do Homem as descobrir e o castelo de San Antón foi edificado numa pequena ilha para proteger a entrada do porto e ria. Desse lugar, que o Rei Felipe II mandou erigir no século XVI, nos tempos da heroína María Pita, os galegos se defenderam dos ataques ingleses, repelindo as investidas do corsário Francis Drake.
A Coruña é beleza e história, é madeira e vidro, é galerias e bodegas. Desde a praça de Maria Pita onde se encontra o magnífico edifício do axuntamento (alberga a maior colecção de relógios do mundo) até à Avenida da Mariña, ou pelo interior da "cidade velha", ali se reconhece a entrada do Portus Magnus Artabrorum.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
É verdade! Estive por lá há uns três anos e fique espantada com aquele passeio marítimo. E como era princípio de Outono, mar estava ainda mais selvagem, o que tornou tudo ainda mais bonito.
Aliás todo o Norte de Espanha é fantástico.
A Torre de Hércules continua cheia de turistas, mas é sempre bonito de admirar o oceano lá do topo.
Enviar um comentário