O fascínio de retornar constantemente a Londres é exactamente esse, o de visitar os mesmos lugares sempre da mesma maneira e comparar as diferenças, estar atento aos pormenores...
O Covent Garden continua a ter de encantador as vozes que ensaiam Ave Maria de Schubert quando é Dezembro, ao centro da galeria.
A Tower, guardando as jóias da coroa, continua sem ser visitada por dentro mas fotografada no exterior de todos os modos e feitios, sem desperdiçar a aparição dos guardas fardados no rigor da ocasião e momento, para esses simples obrigação do ofício.
No rio Thames, o Belfast e a Tower Bridge continuam a ser monumentos de eleição, assim como a inteira fachada traseira do parlamento que afinal pouco impressiona a quem habitualmente tem o Orszagház da Hungria como termo comparativo, excepção à magnífica torre de relógio, o Big Ben.
Visitar o Hamleys da Regent street e o Trocadero ali na Piccadilly Circus é vício, não se pode dar outro nome à coisa, tão inexplicável como nunca pernoitar nos mesmos hotéis a cada visita, mas escolher sempre hotéis que estejam junto à Russel square.
E depois há as voltas ao Hyde park e a busca insistente pelos esconderijos dos esquilos nos jardins centrais logo verificando que o hábito e tradição das palestras públicas permanecem lá no canto antes de atravessar a alameda Ring e procurar os Kensington Gardens. Na verdade o palácio real nada tem de extraordinário, tampouco o ritual no render da guarda, mas é que faz parte das razões do coração passar por ali ao final da manhã de Domingo, inevitável opção.
Nas primeiras vezes o problema maior que a catedral de S. Paulo oferecia era o facto de que as dimensões do edifício não eram proporcionais ao afastamento possivel de modo a que se conseguisse uma boa fotografia (a igreja nunca aparecia inteira na imagem). Agora, com as novas tecnologias o desafio é lá voltar para sacar o maior número de “pixéis” conforme as máquinas vão sendo mais capazes e esperar que não chova para que a seguinte seja melhor que a anterior, deixou de ser interessante.
Relativamente ao British Museum já a coisa muda de figura. Este museu é como o Louvre, sempre existem peças que saltam fora dos armazéns e se renova o espaço da exposição, de antigo sempre novo, não cansa (embora seja permanente a estatuária frontal do Partenon, que há muito deveria ter sido devolvida à Grécia).
E depois há as galerias do metro, autocarros e taxis, o frenesi comercial da Oxford street, as ceras do Madame Tussaud, as estreias no Odeon (principalmente as do James Bond) e sempre um jantar de sabores duvidosos no mesmo restaurante da Chinatown antes de uma visita regada ao bairro do Soho.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
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2 comentários:
Nunca me canso de ler nada sobre Londres.
É uma das minhas cidades preferidas desde os meus 15 anos e continua a ser.
Pelo locais já tradicionais como também por tudo de inovador que ela tem ano após ano.
É fantástica.
Nunca deixando porém de fazer uma visitinha à "Tower of records" para contemplar as edições de tudo e mais alguma coisa de novidades, eternalizadas em vinyl.
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