quinta-feira, 8 de abril de 2010

Road trip - day 5

O hotel era manhoso, daqueles que só reconhece o cliente à entrada pela exibição do cartão de crédito, tudo impessoal. A meio da noite foi aquilo que surgiu, assim do nada, à beira de uma estrada. Os primeiros e únicos funcionários que se encontraram foi quando do pequeno almoço, uma senhora que tratava da reposição dos alimentos e um outro indivíduo, com postura de chefe, junto a um balcão que parecia ser uma recepção diurna (não havia chaves a entregar, nem pagamentos a acertar porque tudo era automático). Serviu perguntar ao altivo onde era Cannes… e este indignado respondeu que estavam na Côte d’Azur, estavam ali mesmo em Cannes.
A verdade é que nem passados cinco minutos da abalada, já procuravam por estacionamento bem no centro da ville. Novamente os caprichos, ninguém sairia de Cannes sem um bom mergulho na praia.
Mas e depois de Cannes, sempre junto à costa, apareceram outras praias iguais e melhores.
Parando aqui, parando acoli, mais um mergulho e outro… contavam-se mais mergulhos do que quilómetros até surgirem outros caprichos… agora é que ninguém abandonaria o sul da França sem uma passagem por Saint Tropez e assim foi porque tinha que ser, mas desilusão também se lhe comente.
As horas a passar e o sol tórrido só dava apetite a mais mergulhos até que se perdeu a conta de quantas vezes se estacionou, às vezes bem, outras vezes de qualquer maneira em frente às tantas praias e lugares próximos ao paraíso se é que isso existe diferente daquilo.
Certa recordação, nome simpático para novo capricho, obrigava-os a procurar por um coliseu romano que se via desde uma auto-estrada, a que tomaram na direcção de Marselha. Pararam em Nimes, ali estiveram um bom bocado e já anoitecia à volta do coliseu e de todo o centro histórico.
Exaustos de tanta praia e tanto sol e já com a pele a arder de tão queimada, foi no limite que chegaram a Barcelona, novamente no trânsito da noite e já no dia seguinte. Surgiu um hotel de estudantes como alternativa para a dormida, daqueles em que se paga por pessoa e compartilha o quarto com estranhos. Mas a solução foi simples… pagaram o equivalente a seis pessoas e compartilharam o quarto com ninguém.

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