quarta-feira, 30 de abril de 2008
A Gyulai vár (2)
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Vénusz hercegnő
terça-feira, 22 de abril de 2008
Duna & Budapest
O Parlamento (Országház) foi inaugurado em 1896, exactamente 1000 anos após a fundação da nação. O arquitecto Imre Steindl, escolhido por concurso público, nunca chegou efectivamente a ver a sua obra finalizada porque adoeceu e ficou cego, acabando por morrer em 1902. As outras propostas que não venceram o concurso todavia foram construídas, são elas os edifícios frente ao Parlamento que servem o Ministério da Agricultura e o Museu Etnográfico.
Numa das duas torres sineiras está alojado o maior sino da Hungria que conta com 9 toneladas de peso (substituiu um anterior com 8 toneladas que foi retirado para o fabrico de peças de artilharia durante a II Guerra Mundial). Esta basílica tem o nome do primeiro rei húngaro (István) porque este foi reconhecido em Janeiro de 1001 pelo Papa Silvestre II como um rei cristão (de facto a coroa real foi oferecida pelo Papa) e assim integrando a Hungria numa Europa excluída de pagãos.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Vejo-te nua
Nua, vejo-te nua quando é de dia
Agarro-te e gostas de ser agarrada
Entregas o corpo sem artes de magia
Dás-me alegria com coisas de nada sábado, 19 de abril de 2008
Kecskemét
terça-feira, 15 de abril de 2008
Aveiro
Aveiro em Março é mais preciosa, onde toda a harmonia que a natureza entregou a S. Jacinto, de areias finas a salinas brancas, de enguias em caldeirada ou dôces de um amarelo cristalino e espesso, desde o século XV é relembrada ao povo que da arte somente sabe que a sente.
De Buga ou a pé, as quatro estações do ano podem sentir-se no mesmo dia e na mesma rua, enquanto a azulejaria tradicional portuguesa se conforma num envolvimento urbano único.
domingo, 13 de abril de 2008
Porto sentido
Para desanuviar as consumições domésticas, passava os serões no café Nasoni, ali à beira da Sé, uma enxovia de borrachos mas que à meia-hora servia tripas para fora ou então umas francesinhas de categoria, as melhores do Porto e Gaia.
Amigo jurado e companheiro mirolha de presenças no Dragão, Armando era um eterno embufado por razões idênticas a Arnaldo e nem sequer o facto de este ser môina e apresentar corpo em casa, não passava de um azeiteiro fácil de calcar por Alzira, companheira desde sempre, caga-tacos mas fiúza.
Arnaldo e Armando competiam no calote aos finos do Nasoni a par de se entreterem a mandar priscas e sameiras para as sardinheiras de Amândia, a taberneira, quarentona vistosa de um louro em toutiço pintado quase até à raiz, saia curta e meias com foguetes interrompidos a verniz.
Certa vez, por via do álcool ou de tanto ressentimento derivado de fartura às lôstras e pisaduras caseiras, estes dois touços acederam de inventar assaltos perfeitos, mudar de vida para melhor, julgavam. Amândia ouviu-lhes os planos, mas era mulher de confiança sem risco de chibar, que lhe interessava a capacidade dos clientes para inverter o fiado, não importava como.
Decidiram em grande, uma moradia da foz, junto à praça do Império, que Armando sabia, por acidente profissional ter alarme avariado e riquezas bastantes para subtrair.
O Fiat Uno preto de Armando estacionou na bouça das traseiras, saltaram o muro, calcaram as hidrângeas do jardim e introduziram-se pela janela pequenina aberta de um quarto de banho.

Tiveram tempo para inclusivé se confortarem com uma refeição por conta dos proprietários ausentes, um estrugido de cebola com ciclistas na sertã e guarnecido com penca cozida à falta de carne. Mas ainda havia na cozinha meia dúzia de tigelinhas e uns quantos magnórios do quintal, que serviram de sobremesa rematada por um cimbalino tirado em máquina eléctrica para o Arnaldo, e um pingo para o Armando.
Para além de uma volta de ouro e um aguça em prata, o melhor e mais fino que entrou nas sacas de serapilheira deste par de artistas foi um chuço de marca italiana, uns carapins ainda embalados, alguns casacos de cabedal sacados às cruzetas dos roupeiros, dois pares de coturnos de marca, e uma caixa pesada com sabe-se lá o quê dentro e que não deu para abrir por causa de um aloquete.
A fuga, se a vagareza do crime pode conter esta definição, foi atribulada, o doberman que impávido assistiu à entrada, estancava agora de olhar fixo frente à janela, espumando pelas beiças e preparando o ataque para o qual foi treinado.
Arnaldo e Armando começaram por tentar distrair o bicho com o arremesso de catotas, à distância obviamente, depois levando mais a sério o assunto, o animal recebeu uma saraivada de objectos diversos, um apanhador, um alguidar e uma bacia voaram seguidos de uma meia-dúzia de bijús sêcos e por fim um testo, enviesado, parecia um disco, certeiro nas vistas do animal que de imediato tombou, que se notava o focinho assim como que ourado e impedido de ferrar, obra de Arnaldo.
A dupla bufava de alívio e enquanto o canídeo se dispunha a espilrar a saliva entalada no gasganete e tendo a sua atenção desviada da janelita da entrada que agora serviria de saída, ambos se escapuliram tão fácilmente como entraram, excepto as sacas que trilharam e num esforço de repuxo que esbotenou o aro, rasgou uma delas, precisamente a que continha a volta de ouro que se perdeu escorregada para o bueiro do quintal.
Num ápice levado pelo mêdo e contornado de má sorte, Arnaldo e Armando encerraram o golpe perfeito com um abandono acelerado e desvairado, descendo a Avenida da Boavista pelas faixas centrais agora renovadas, contornando o Castelo do Queijo e estacionando por fim tão perto do local do crime mas sem se aperceberem.
As sacas ficaram na mala do Fiat Uno, excepto a caixa do aloquete, que foi aberta na esplanada do café da Praia da Luz, num amanhecer acompanhado de bolinhos de bacalhau e dois finos. A caixa não era de Pandora, mas uma espécie de chaveiro onde o acesso a imensos armazéns de Vila Nova de Gaia estava assim garantido, códigos de alarme e tudo.
Arnaldo e Armando sorriram de imaginar a fortuna e a sorte do seu achado, não tendo de imediato em conta de que caves de vinhos do Porto não se assaltam com sacas de serapilheira.
sábado, 5 de abril de 2008
Silva Porto (10)


sexta-feira, 4 de abril de 2008
Amsterdam
Os canais do rio Amstel envolvem a cidade de um modo natural, onde as maiores atracções turísticas são os bordéis, os cafés, a venda autorizada de drogas leves bem como as empresas de lapidação e comércio de diamantes, enquanto a concentração de actividades no sector financeiro é a grande marca de Amesterdam.
Os cerca de 750.000 habitantes desta cidade utilizam umas 700.000 bicicletas para se deslocarem, alcançando provavelmente a maior proporção de bicicletas por habitante do mundo.Békécsaba
Emlékpont – Hódmezővásárhely
Situado na Andrássy út 69, o edifício é algo excêntrico e estranho, onde revestimentos metálicos contrastam com um vermelho garrido de painéis murais pintados ao estilo comunista e uma estátua de Lenin aparece empoleirada em posição de relaxe, como nunca aconteceu no passado.
Ainda no exterior outras estátuas em pedra, estas de maiores dimensões, bem como símbolos e imagens específicas representam a configuração do regime organizado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e não tanto a dependência da própria Hungria.
O Émlekpont foi constituído com a colaboração técnica do museu Casa do Terror de Budapest (curiosamente também situado em avenida com o mesmo nome, Andrássy), assim fica explicado o estilo de arquitectura e decoração tão similares. Quando em Budapest encontramos um tanque de guerra bem ao centro do edifício, em Hódmezővásárhely temos uma enorme estátua em bronze.
Os cinquenta anos de comunismo implementados na Hungria são expostos pela forma de objectos, pinturas, máquinas e estátuas, fotografias de intelectuais ou políticos, protagonistas e anónimos, actores e vítimas.
Este país nunca deixou de ser um mero “celeiro”, outrora dos austríacos, posteriormente do “leste”, porque as suas planícies férteis lhe destinaram essa vocação.
Bastante interessante porém a imagem das jovens polícias, fora do típico quadro agrícola, acolhendo a provinciana que entretanto prova o seu uniforme na integração sob a “presença” destacada do camarada Stalin, o sempre eterno guia.
O Puli Elektromos Autó, embora fora do contexto, também é elemento presente no museu, não por pertencer à era comunista, mas apenas porque é um invento da Puli Jarmű és Gépgyártó Kft, empresa de Hódmezővásárhely, fabricado em 1992. Com chassis em aço mas carroçaria em polyester e plástico, o Puli é propulsionado por um motor eléctrico de 7,4 kw para 750 kg, atinge os 65 Km/h numa autonomia de apenas 100 km, transportando um máximo de 200 kg (dois passageiros e alguma carga).
Sobre a cidade de Hódmezővásárhely, pouco mais há a dizer, nada tem de especial pois é compatível com a sua pequena dimensão e localização (na província de Csongrád, entre as cidades Szeged e Békécsaba pela estrada nacional 47). Ali existe um outro museu, o Holokauszt Múzeum, novamente único no género fora de Budapest.
