"Para que ninguém possa recordar-me como desculpa para a sua cobardia e assim ninguém possa culpar-me, irei junto com o tempo e com o omnipotente Deus para o lugar que outros se recusam a seguir sem mim” foram as palavras do jovem Rei Lajos II antes de seguir para a batalha contra os exércitos turcos do Império Otomano que aconteceu a 29 de Agosto de 1526 em Mohács.
Lajos II nasceu em 1506, filho de Vladislav II, Rei da Hungria e da Boémia e Anne de Foix, Condessa de Candale. Coroado por sucessão em 1516, Lajos II casou em 1522 com Maria Erzherzogin von Österreich, filha de Felipe I von Habsburg e Juana, reis de Castela.
A batalha de Mohács somente podia ter um resultado catastrófico, onde cerca de 25.000 soldados e 53 peças de artilharia foram incapazes de suster a agressão de cerca de 50.000 turcos e mais de 160 canhões.
Sem antes esperar pela chegada dos 5.000 reforços que marchavam desde a Croácia sob o comando do Conde Frangepán bem como pelos cerca de 10.000 de Szapolyai da Transilvânia, os exércitos húngaros liderados por Pál Tomori, Arcebispo de Kalocsa, decidirem avançar com cavalaria pesada contra a primeira linha turca. Apesar do aparente sucesso desta investida, a segunda formação liderada pelo próprio Rei não teve a mesma sorte. Em menos de 3 horas pereceram mais de 20.000 homens, 28 nobres aristocratas, 7 Bispos e o próprio Rei com apenas 20 anos de idade.
A morte do Rei Lajos II marcou o fim da dinastia dos Jagelló, mas a derrota na batalha de Mohács destinou o fim do poder húngaro na Europa Central, o desmembramento do reino em três partes (Transilvânia, territórios ocupados pelos otomanos e territórios sob o domínio austríaco).
Pesquisas arqueológicas dirigidas por Lászlo Papp nos anos 60 do século passado, trouxeram a descoberto 2 grandes sepulturas em vala comum. Em 1975 foi decidido construir um memorial e avançar com as pesquisas arqueológicas, onde foram encontradas outras 3 sepulturas com milhares de corpos enterrados.
A 29 de Agosto de 1976, no aniversário dos 450 anos da batalha de Mohács o memorial foi inaugurado com a presença de quase tantas pessoas como as que ali pereceram. As estacas erectas e as tombadas simbolizam as forças vencedoras e as derrotadas, com desenhos de entalhe onde são representados empalamentos, cabeças cortadas, crianças mortas pelas próprias mães em acto de desepero, a imagem do Rei herói e do Sultão Suleiman, sob um percurso em forma de uma cruz rodeada, porque os que defenderam o país, todos eles eram cristãos.
A quinta imagem apresentada (aérea) não é propriedade do autor.
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