sábado, 15 de novembro de 2008

A liberdade de expressão do séc. XVII

Miguel de Cervantes Saavedra foi um novelista, poeta e dramaturgo espanhol, nascido a 29 Setembro de 1547 em Alcalá de Henares e falecido a 22 de Abril de 1616 em Madrid.
Cervantes é considerado como a figura máxima da literatura espanhola e uma das figuras maiores da literatura universal, principalmente devido à sua obra Don Quijote de la Mancha, considerada ser a primeira novela moderna.
Mas para além da novela referida, o escritor produziu uma obra literária muito vasta e diversa que inclui peças de teatro, poesia, romance e muitas outras novelas.
Entre a publicação da primeira e da segunda parte da novela Don Quijote de la Mancha (em 1605 foi publicado El ingenioso hidalgo Don Quijote de la Mancha e somente em 1615 El ingenioso caballero Don Quijote de la Mancha) foi editada, em 1613 a obra Novelas ejemplares de honestísimo entretenimiento.
Novelas ejemplares é um conjunto de belas narrativas com propósitos morais, sociais e estéticos, onde o autor explora distintas fórmulas e mostra-se épico, lírico, trágico e cómico.
A maior narração das Novelas ejemplares, é La Gitanilla. Diz assim o primeiro parágrafo:
"Parece que los gitanos y gitanas solamente nacieron en el mundo para ser ladrones: nacen de padres ladrones, críanse con ladrones, estudian para ladrones y, finalmente, salen con ser ladrones corrientes y molientes a todo ruedo, y las ganas del hurtar y el hurtar son en ellos como accidentes inseparables, que no se quitan sino con la muerte."
Miguel de Cervantes tinha no início do séc. XVII uma liberdade de expressão distinta da que hoje existe. Não era maior e tampouco menor, era simplesmente diferente.
A imagem apresentada é um conjunto de esculturas com motivos baseados nas obras de Cervantes, pertencentes ao monumento edificado na Plaza de España em Madrid, trabalhos de Coullaut-Valera.

Sem comentários: