Certa freguesa comentava em voz alta “esta é uma belônde de acuitáine”, enquanto o marido anuía com o olhar posto nas charolesas, ambas no sector dos bovinos premiados. O odor aqui era menos intenso do que junto às celas dos porcos de raça ibérica e também menos enjoativo do que o bedum emanado pelas dezenas de ovinos e caprinos expostos, alguns lavados e escovados para vaidade dos produtores.
O contentamento das crianças notava-se maior no contacto visual ou físico com os diversos animais vivos do que pelas barracas de gelados e expositores de doces mais ou menos regionais, mais ou menos artesanais que se encontravam no recinto.
À entrada havia rancho, do foclórico e também muita confusão no controlo dos bilhetes. Depois, alguma euforia em redor de uma distribuição de sacos de plástico publicitário cheios de ar às crianças, modo já batido de estímulo comercial, desta feita a um banco de créditos supostamente a propósito.
Em sector distinto estavam os equídeos, especificamente só cavalos de algumas raças comuns na produção nacional. Um exemplar raro de égua albina também se encontrava em exposição, embora não se tratasse de um animal extraordinário na generalidade comparativa.
A despropósito de agricultura, papagaios, periquitos e outros do mesmo reino mas de menor utilidade, assim como ratos e ratinhos ou cães da pradaria, a acreditar nas etiquetas apostas nas gaiolas.
Os campinos, lá subiam e desciam as ruas do CNEMA por entre barracas e tendas de comerciantes sob solo abrasador, para distracção e entretenimento da populaça, mais não fosse do que para registo fotográfico.
Há habitos que sempre valem a pena de repetir, nem que estejam passados uns quinze anos desde a última vez.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
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