Caros amigos... estamos perante pato, que segundo classificação de “A Canção de Lisboa” é animal anfíbio, cuja alimentação neste caso é base de miolo de pão, minhocas, insectos e outros espécimes equivalentemente invertebrados.
Estes indivíduos, do tipo aquático, habitam áureos num lago do parque da cidade de Budapeste (Városliget), alimentado de águas quentes termais provenientes dos banhos públicos contíguos (Széchenyi fürdo).
O menor deleite que a água morna certamente concede a estes bípedes no Verão é inversamente proporcional ao consolo oferecido nos momentos invernosos em que as temperaturas do espaço aéreo rondam os –10ºC e por vezes inferiores, constatando assim uma diferença superior a 30ºC entre o ar e a água.
Vítimas das condições atmosféricas adversas, os patos vêem-se forçados a compartilhar a sua húmida casa com centenas de outras criaturas aladas e afins voadores. Acontece que nesse período de clima negativo, a sobrevivência das almas penadas passa por restrições nas actividades aeronáuticas ao mínimo indispensável da logística alimentícia... parecem hidroaviões.
Tal como anteriormente referido as palavras szamár e bohóc, ou seja burro e palhaço não servem de ofensa entre os húngaros, porém kacsa (pato) significa qualquer coisa como otário, idiota, lorpa.
Voltando ao lago, cujas águas sendo termais impedem a presença de animais de guelra e batráquios, o mesmo é servido por um excelente restaurante construído em madeira, tipo jangada, o Robinson.
Na ementa encontramos, entre outras iguarias, kacsamell õszibaracklekvárrol és burgonyával, que significa “peito de pato com geleia de pêssego e batata”.
Tem aliás uma certa graça saborear este prato de canard a dois palmos de distância dos seus primos inocentes desde as mesas da esplanada. Obviamente que a “matéria prima” do cozinheiro não é proveniente do lago.
Imagem do almoço no dia 18 de Junho de 2006 no porto de Balatonlelle.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
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2 comentários:
Caro James,
Se ainda for a tempo, um conselho seu:
Há a hipótese de uns 8 dias na Croácia (4 pessoas), fins de Agosto ou princípio de Setembro.
No intuito de aproveitar e explorar ao máximo a estadia, o que me recomenda em termos de locais a visitar, etc ou desaconselha?
Obrigada desde já.
Se não nos virmos por aqui antes, bom fim-de-semana, boa viagem até Portugal e uma óptima estadia para a qual o Zé vai certamente contribuir.
Cara amiga,
Croácia parece estar na moda... mas comparativamente a Portugal é inferior.
Mas esta é a minha perspectiva muito única, porque a Portugal desejo muito ir, de férias, mas provavelmente a amiga vive nesse espaço o que leva a ter senso visitar outros países mesmo que de inferior beleza ou interesse (tudo depende de pontos de vista e a minha análise é de cômputo geral, obviamente que a paisagem e a cultura difere e isso torna tudo bem mais interessante e aliciante para férias)
Quanto a Zagreb, a capital (que conheço melhor), digo-lhe que não merece uma viagem de propósito desde Lisboa (tal como afirmei anteriormente coisa similar relativamente a Poszonyi, ou seja Batislava, capital da Eslováquia). Nao digo que seja feia, mas a dimensão, o número e a grandez de monumentos ou interesse de museus é muito baixa (um oposto da noite para o dia, aliás nem comparável com Belgrado, Budapeste, Viena ou Praga... e até mesmo Bucareste que também não merece uma ida proposital).
Quano a lugares mais "exóticos", ora bem...
Ah mas antes deixe-me que lhe diga que em termos de paisagem, Croácia tem um estilo muito mediterrânico, logo não é um choque para portugueses, nem mesmo em termos de temperaturas, que sao muito identicas.
O que é costeiro é bastante interessante, ao mar adriático (embora em termos de ondulação é fraco).
Cidades com interesse, Dubrovnik, uma cidade fortificada, tipo medieval (zona antiga junto às muralhas), com um porto também antigo e uma praiazinha jeitosa.
Muito parecida com Dubrovnik há a cidade, ou vila, de Korcula (nas línguas eslavas deve ler-se os "C" sempre como "Ç", ou "TS" em todas as palavras que encontre).Korcula é parecida porque também é junto ao mar, também tem uma muralha redonda e uma zona histórica de ruas apertadas que se visitam a pé, mas é pequenita.
Em termos de praia, do melhor é Brac, fabuloso ambiente de areia amarela (mas muita pedra)onde como disse nao há ondas mas um mar muito azul. Também a ilha de KRK (ouvi dizer) que é boa de praias (mas isto nao confirmo, nem sei pronunciar bem o nome do raio da ilha, sei que tem uma ponte para lá chegar).
Split nao merece a pena, nao tem nadinha de especial.
A nao perder os lagos de Plivice (nao estou segure se se escreve assim) tendo em conta a sua classificação de UNESCO património mundial e uma beleza natural incomparável (águas com fundo colorado de azul-turquesa).
Boas férias
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