domingo, 21 de outubro de 2007

Warszawa

Warszawa é a capital de Rzeczpospolita Polska, a República da Polónia.
Actualmente a maior cidade deste país, a capital do Voivodato de Masóvia, banhada pelo rio Vístula, sucedeu a Krakow como capital do reino da Polónia no ano de 1596, após grande incêndio.
Varsóvia cresceu a partir do século XIV, em redor do castelo dos Duques de Masóvia, sendo que a cidade velha ou Stare Miasto é um burgo muralhado da Idade Média. Foi ocupada por suecos e por russos diversas vezes, passando a simples capital de grão-ducado sob o domínio de Napoleão Bonaparte.
A Polónia foi reconhecida como Estado em 966, pelo baptismo católico de Mieszko I, tornando-se reino a partir de 1025.
No século XIII o país foi devastado pelos exércitos mongóis e assim fragmentado em pequenos Estados.
No ano de 1320 Ladislau I tornou-se rei da Polónia reunificada.
No ano de 1569 foi estabelecida a Comunidade Polaco-Lituana determinada pela união com o Grão-ducado da Lituania que fortaleceu o domínio da dinastia Jagello na região até ao ano de 1795.
As invasões suecas, revoltas cossacas, constantes guerras com a Rússia e uma incapacidade interna de gestão de reformas, determinaram o fim da Comunidade e uma subsequente partilha territorial com a Áustria, Rússia e Prússia no final do século XVIII.
Foi na verdade Napoleão que em 1807 restabeleceu o Estado Polaco, sob seu domínio é certo, mas como forma de República.
Em 1815, consequência das derrotas francesas, o Tratado de Viena devolveu as partilhas anteriores às potências requerentes (Rússia e Áustria).
Em 1918, após o fim da Primeira Guerra Mundial, a Polónia retoma o direito à sua independência, é criada a segunda República, confirmada com a vitória na Guerra Polaco-Soviética de 1919 a 1921.
Em 1939 a Polónia sofreu a invasão a ocidente pelos alemães e no leste pelos exércitos de Stalin, resultado do pacto Ribbentrop-Molotov para a partilha territorial deste país.
A dada altura a Alemanha declarou guerra à União Soviética, a primeira potência progrediu no território da segunda até à contra ofensiva que levou à derrota germânica já dentro da sua própria capital.
Como consequência a Polónia tornou-se um país comunista sob controle soviético até ao ano de 1989, inaugurando a terceira República Polaca numa democracia liberal.
As suas fronteiras actuais são bastante diferentes das iniciais, o inteiro país está localizado mais a ocidente e tem uma área cerca de 20% inferior.
A cidade de Varsóvia foi totalmente arrasada, bombardeada e dinamitada durante a Segunda Guerra Mundial. Os Alemães mantiveram um ódio especial contra os Polacos durante todo o tempo de ocupação e os soviéticos nunca auxiliaram a guerrilha de resistencia que logrou recuperar a cidade em combates urbanos, no ano de 1944. Enquanto os soviéticos assistiam à distância (do outro lado do rio Vístula) aos combates entre resistência e alemães, posteriormente ocuparam Varsóvia sem qualquer baixa militar, acabando por assassinar ou deportar para a Sibéria os próprios resistentes (Stalin defendia que revoltosos eram sempre perigosos, mesmo que participassem em movimentos favoráveis aos interesses soviéticos, mesmo que também fossem socialistas).
Em 1956, o regime de Władysław Gomułka tornou-se temporariamente mais liberal (um rastilho que influenciou a revolução húngara no mesmo ano) até ser desautorizado por Nikita Khrushchev, completamente suprimidas as manifestações estudantis nas ruas de Varsóvia.
Apesar de Edward Gierek voltasse a tentar alguma abertura em 1970, foi somente nos anos 80 que o sindicato Solidarność (solidariedade) se tornou responsável pelas agitações trabalhistas que levaram ao colapso do sistema em 1989, glorificando a vitória de Lech Wałęsa nas eleições presidenciais do ano seguinte.
Todos os edifícios da praça Rynek Starego Miasta localizada no centro da Cidade velha (Stare Miaste) foram reconstruídos após a Segunda Guerra.
No centro da praça encontramos a estátua da sereia de Varsóvia (Warszawska Syrenka), principal simbolo da cidade.
Nos limites da Cidade velha, encontramos a torre Barbacana e as ruínas do forte medieval.
O palácio real Zamek Krolewski (castelo real), também na cidade velha, construído a partir do século XVII, foi destruido na II guerra e reconstruido na década de 70. Hoje é um museu com tapeçarias, mobílias, pinturas e história da Polónia.
O palácio da cultura (Palac Kultury i Nauki), construído por ordem de Stalin, foi durante muitos anos o edifício mais alto de Varsóvia.
Em bronze, um monumento à resistência Polaca de Varsóvia na Segunda Guerra Mundial.
O Centro histórico de Varsóvia foi inscrito pela UNESCO em 1980 como Património da Humanidade.
Tendo em conta a destruição quase total desta cidade durante a Segunda Guerra Mundial, tal como devidamente referido, hoje encontramos uma cidade moderna, de largas avenidas, organizada com a lógica e sabedoria urbanística do século XX típica de qualquer cidade da Europa Central. Tudo o que existe em termos de monumentos é uma cópia fiel do que anteriormente existia até 1945, logo mais perfeito do que o original e executado com métodos e materiais mais duráveis.
Dependendo do ponto de vista, entre o moderno e o antigo, a beleza desta cidade de arranha-céus é definitivamente e infinitamente inferior à das suas cidadãs.

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