Em números, 325.000 km2 foram transformados em 93.000 km2 e a população passou de 19 para 7 milhões de habitantes. O acesso ao mar foi perdido (com as províncias de Voivodina, Eslavônia e Croácia entregues à Sérvia). De mínimo, para compensação moral, a República da Hungria regozijou-se recentemente com o facto de que apesar dos países vizinhos oportunistas lhes terem “subtraído” territórios, esses vieram a tornar-se países independentes alguns anos mais tarde, infelizmente nem todos por meios pacíficos (excepto a Transilvânia, que se mantém parte integrante da Roménia).
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A Eslováquia, juntamente com a Morávia e a Boémia, formavam a Checoslováquia até à separação em 1938 (no "Acordo de Munique"), novamente unidos em 1945, e finalmente apartados em 1993, quase quatro anos após a "Revolução de veludo" encabeçada por Václav Havel (posteriormente presidente, o último da Checoslováquia e o primeiro da República Checa).
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Posto isto, Bratislava, com os seus cerca de 450 mil habitantes tornou-se capital deste novo país há apenas 14 anos. Todavia já não era a primeira vez que esta pequena e modesta cidade se tornava uma capital...
Pozsony é o nome original desta cidade (origem na palavra latina Posonium), o único aliás que os húngaros reconhecem e manterão sem resignação enquanto a história do seu povo e orgulho não se queira apagada.
Pozsony foi durante os longos anos de ocupação otomana a capital do Reino da Hungria (1536-1784). Mesmo após a recuperação de Buda, e durante o mais tempo que conveio aos austríacos (não olvidando que a Áustria tomou posse do reino da Hungria porque resolveu contrariar o almejo turco, formando assim o império).
Para os austríacos Pozsony era chamada de Preßburg, e foi palco da última batalha entre estes e os exércitos da Prússia, frente ao mesmo Danúbio que atravessa Viena e Budapeste.
No alto temos o castelo e as respectivas residências reais, de linhas simples e cor sóbria. De forma ortogonal, as suas quatro torres a cada vértice são consideradas o símbolo da cidade, na morada oficial do presidente da república.
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Desse lugar é possível alcançar quase todo o limite da cidade bem como encontrar as terras dos vizinhos (Bratislava é a única capital europeia que faz fronteira com dois países).
O Parlamento, edifício recente e de desenho discutível é logo ali ao lado, assim como o anexo restaurante, o Parlamentka, igualzinho como há dez anos excepto nos arruamentos da entrada.
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Os acessos à capital da Eslováquia são relativamente fáceis, um pequeno desvio de meia dúzia de quilómetros à auto-estrada M1 que conecta Budapeste a Viena, e dá-se bem com o local através de uma via rápida. Por via aérea, o pequeno aeroporto de terminal único situa-se a apenas 9 km (a nordeste obviamente).
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