Caminhava solitário e vagarosamente num jardim de Bucareste. A vegetação caduca espalhava os restos do Outono no pavimento.
O gato não, estava só sentado, a vigiar, solitário também. Mas a sua curiosidade era mais passiva, foi fotografado uma vez. Não deverá ter entendido o momento, capricho demasiado complexo para o mundo animal.
Os bancos vazios eram imensos, não partilharam o mesmo de início.
Mais à frente, num outro banco qualquer e já esquecido do felino, regulava o aparelho das imagens para outros modos e qualidades, quando por fim o mais pequeno se decidiu na aproximação, lenta e cuidadosa.
Ao contrário do habitual entre ambas as espécies, a desconfiança existente não era a do gato.
Sentiu aquela mão branca e quente, entendeu nada do que ouviu, se é que o animal não era mouco, o mais natural é que miasse somente em romeno.
Alguns minutos depois contentou-se, lenta e cuidadosamente volveu ao seu banco do jardim.
8 comentários:
gostei
Terno... Os gatos são criaturas muito especiais. Em Malta, encontrei muitos a viver em jardins públicos mas alimentados pelos humanos. E a sua calma contagiava-me, nos finais de tarde.
Muito bom!
Os gatos são de facto especiais, sejam Portugueses ou Romenos!
Não sei se gostei mais da musica, do gato, ou da escrita.
Ainda bem que vim cá parar. Vou voltar.
Beijos
O gatinho húngaro tem muita sorte ... é um felizardo
Supostamente o gato é Romeno. Todavia é possível, embora não provável que o mesmo seja húngaro.
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