Há precisamente 860 Anos al-Lixbûnâ foi reconquistada aos mouros pelos cruzados do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, 428 anos depois desta ser tomada pelos árabes aos Visigodos, que a chamavam de Ulishbona, nome que derivava de Olissipo, cidade romana desde 205 a.C até ao colapso do Império.
Anteriormente era Alis Ubbo, fundada pelos fenícios junto ao rio Taghi, cerca de 1200 a.C, posteriormente sob controlo administrativo de Cartago.
Em 1179 Lisboa recebeu foral e somente em 1255 passou a capital do Reino de Portugal.
Nos séculos XV a XVII, de Lisboa partiram a maioria dos navegadores empenhados nos Descobrimentos.
A Lisboa voltaram a maior parte das naus com riquezas das índias e Nôvo Mundo, assim como um ambiente único de concentração de comerciantes e estrangeiros de diversas raças e etnias, a juntar aos escravos e serviçais.
No reinado de D. João V (Século XVIII) foi construído o Aqueduto das Águas Livres, uma extraordinária e majestosa obra de engenharia, rede complexa de distribuição de água com centenas de quilómetros de canais, depósitos, fontanários, captações.
Em 1755, Lisboa foi completamente destruída por um violento terramoto. A reconstrução de Lisboa após o terramoto foi oportuna para um planeamento urbano eficaz e inteligente, que mais aproximou esta cidade à organização e modernidade de outras capitais europeias (que diferente desta, sofriam habituais ocupações, invasões, destruições, logo eram constantemente renovadas).
Em 1808 os exércitos de Napoleão Bonaparte tomaram Lisboa sem grande resistência, que o próprio Rei D. João VI preferiu fugir para o Brasil, com uma comitiva de cerca de dez mil cortesãos, criados e favorecidos, numa frota naval enorme carregada dos tesouros reais, mobílias, pinturas, bibliotecas inteiras encaixotadas e escoltada pela marinha Inglesa.
Em 1908 no Terreiro do Paço, o Rei D. Carlos I foi assassinado e a 5 de Outubro de 1910 implantada a república segundo proclamação de José Relvas desde a varanda da Câmara Municipal.
No dia 25 de Abril de 1974 Lisboa foi palco de um levantamento militar (golpe de Estado) com o objectivo de alterar o regime político existente e iniciar uma série de processos administrativos, a maior parte com consequências desastrosas para a economia (eventualmente não previstas, provavelmente não intencionadas).
Lisboa é cidade geminada com Budapeste, Madrid, Paris, Atenas, Zagreb e outras. As imagens de pinturas apresentadas não são propriedade do autor
domingo, 4 de novembro de 2007
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5 comentários:
Aonde vais tu buscar toda essa informação?
Tens o fascínio das cidades...
Lis, a coisa é mais simples do que parece.
Por exemplo, o artigo sobre Sümeg, o último publicado (à data de hoje):
Um belo dia estou a folhear um livro de história ilustrada da Hungria. Algures leio sobre as invasões otomanas e os castelos de defesa (num sistema estratégico definido) e aparece a cidade de Sümeg por causa do seu castelo. Acontece que fico a saber exactamente(pelo mapa do livro) onde é essa cidade mas nunca lá fui. No final de semana calhou ter que ir lá perto (o meu Trabant está na garagem de um apartamento junto ao Balaton e tive que ir lá "dar-à-chave" para "aguentar" a bateria por causa do Inverno). Boa oportunidade, faço uns quilómetros mais e visito Sümeg por fim, que tem um hotel de categoria e uma série de actividades turísticas que completam um fim-de-semana bem passado. As informações publicadas são as que resultam da minha visita, dos folhetos que apanho aqui e ali, da informação retirada no "placard" de entrada do castelo (quem construiu, quem acabou de construir, quem ocupou e libertou, etc), também os jantares e os "comes-e-bebes" são experimentados na primeira pessoa, a assistência aos jogos custaram 2000 Forints e duraram 50 minutos... as fotos foram entretanto captadas nos momentos próprios.
Lis, não há nada de complexo nisto, as coisas acontecem... e o Szerinting acaba por ser também uma espécie "livro" de viagens e passeios, contados de uma forma séria e por vezes educativa.
:-) Não disse que era complexo mas completo.
Fui ver o que era / como era um Trabant ;-)
Procurava algo sobre Pisa e encontrei ,além de tanta informação, Chopin e poesia...
obrigada!!
Ps:o que quis dizer com, Lisboa é geminada...?
Em português chama-se "cidades gémeas" ou "geminadas", embora no Brasil adoptem o género americano e chamem "cidades-irmãs".
Cidades ou vilas de áreas geográficas ou políticas distintas criam reñações a diversos níveis, principalmente no género cultural e económico.
Normalmente existe algo em comum entre as cidades geminadas, ou existiu no momento em que esse "protocolo" foi assumido. É normal que cidades capitais sejam geminadas com outras capitais de dimensão e importância idêntica sem uma razão específica, somengte por enlace político, porém é comum existir um intercâmbio de estudantes ao abrigo de regimes privilegiados entre cidades geminadas, eventos culturais mais frequentes onde a literatura, a gastronomia, o artesanato de uma cidade é apresentada na outra, etc.
Por exemplo, Debrecen (a segunda maior cidade húngara) é gémea de Coimbra, eventualmente pela importancia das universidades...
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