A vontade de abandonar a capital da Suécia era quase nenhuma (se ao menos tivesse ainda uns dias a mais para continuar a aventura seguramente que o próximo destino seria Copenhaga), mas havia deixado o carro estacionado num parque junto à Raekoja plats, a praça central da capital estónia, era irresponsável não regressar.
Na semana anterior pareceu lógica a visita de um dia a Helsínquia por via marítima, tão lógica afinal como a partida para Estocolmo desde esse porto.
A viagem deixava então de ter qualquer plano, já nem o regresso via Londres era importante. Copenhaga ou Tallinn?
As roupas, as malas e as recordações em âmbar entretanto adquiridas em Klaipėda valiam a pena que voltasse, na verdade valiam muito mais do que o automóvel, mesmo que a panela de escape não estivesse rôta.
O regresso ao porto de Muuga, foi num outro grande navio branco e azul, similar em tamanho ao da viagem anterior, embora menos moderno.
Tallinn é pequena, o que é absolutamente natural porque a Estónia só tem um milhão e meio de habitantes, nem isso.
Apesar da relação estreita existente entre estónios e finlandeses (em termos linguísticos partilham também com os húngaros a origem fino-úgrica) favorecida por termos geográficos e políticos, a influência cultural e arquitectónica é aquela que a história da cidade pode contar: A do domínio sueco, a do império russo, também a da Livónia (o poder cristão da Ordem Teutónica), momentos outros de alternância dinamarquesa, lituana-polaca, etc.
Tallinn, (nome pela qual passou a ser conhecida Reval a partir do século XIX) pertenceu anteriormente à Liga Hanseática tornando a cidade importante comercialmente e tornando irrelevante o poder dinamarquês da região.
A igreja ortodoxa localizada na cidade velha em Tallinn, foi construída em 1894, demonstrando a influência do império russo, pese o facto de os estónios serem o povo europeu menos religioso, e da maioria (dos poucos crentes) ser Luterana à semelhança dos povos nórdicos vizinhos.
No centro da cidade velha (protegido por um sistema de muralhas e portas sob torreões) está localizada a Câmara Municipal (Raekoda) no centro histórico classificado como Património UNESCO.
O “chasso” de matrícula letã estava lá à espera para voltar a Riga, alguém lhe deu um toque partindo o farol e um bocado da grelha... passou a valer metade.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
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