quinta-feira, 13 de março de 2008

Roman Holiday

Em Roman Holiday, Audrey Hepburn foi vencedora de um Óscar da Academia (do cinema americano) para a melhor actriz no ano de 1953. A inocente princesa Ann envolve-se involuntariamente numa “paixoneta” com o jornalista Joe Bradley (Gregory Peck) por motivos acidentais a ver com os sonhos de uma liberdade impossível para a jovem monarca e alguma impudicícia por parte do oportunista, que se revela no final um autêntico gentleman daqueles que já quase não há neste planeta.

Roma é o palco de fundo desta comédia romântica “rodada” a preto e branco, assunto que não perturba a beleza do cenário tendo em conta que esta cidade italiana até nem tem muito contraste cromático, embora uma impressionante beleza que o peso da história decidiu eternizar.

A relação que o Roman Holiday tem com o Casablanca de Michael Curtiz (com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, rodado em 1942, durante a II Guerra Mundial) não é nenhuma, apenas competem como os melhores filmes de sempre para diferentes cinéfilos.

Ora acontece que por vezes essas pessoas se encontram (no mais improvável que seja essa coincidência por razões geográficas ou de nacionalidade) e acabam por partilhar suas memórias de preferência infantil.

Se para um (um ele) a cidade de Casablanca havia sido uma desilusão (porque afinal a beleza incontestável de “As time goes by” é a maior e quase única referência do seu filme de eleição), para outro (uma ela) o recinto Colosseo, a fonte de Trevi, o Forum, o castelo de Sant’Angelo, a praça Venezia e o rio Tevere (as incontornáveis “chaves” de Roman Holiday), tornaram-se imperdíveis para reconhecer.

Ou seja, para a menina que sonhou um dia experimentar a sua mão na Bocca della verità, tal qual a princesa, foi importante a sensação de conquistar a realidade. Mas nesse dia ela já não era todavia uma menina, sim uma mulher feita.

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