Josef Stalin, filho de um sapateiro e de uma costureira, nasceu em Gori, no Império Russo, actual Georgia, a 18 de Dezembro de 1878. Apesar da educação obtida num seminário, aos vinte anos de idade já andava de propagandista e revolucionário na oposição aos Romanov, mas rapidamente acabou preso porque se envolveu na organização de assaltos e agitações violentas. Quando se deu a revolução, em 1917, Stalin já pertencia ao comité do Partido Bolchevique (desde 1912), enquanto editor no jornal Pravda. Em 1922 tornou-se secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética sucedendo a Lenin (que faleceu dois anos depois), e foi o responsável pela ascensão do país ao estatuto de superpotência com os acontecimentos imediatos à derrota alemã na Segunda Guerra Mundial, alguma expansão territorial e o estabelecimento da hegemonia soviética em parte da Europa Central. Nos anos 30 Stalin criou uma estrutura policial e militar repressiva e limitadora das liberdades individuais, principalmente feroz aos opositores políticos do regime. Tendo se apercebido do grande atraso, em termos industriais e tecnológicos, que o seu país demonstrava em relação a outros, apostou em fortes programas de industrialização e colectivização forçada. Toda e qualquer oposição a essa linha de mudança era reprimida violentamente. Em Agosto de 1939 Stalin acordou com Hitler o Pacto Ribbentrop-Molotov para a não agressão mútua onde se regulava a partilha do território da Polónia pela Alemanha e pela União Soviética. Ambos os países adiavam deste modo, mas por diferentes razões o confronto militar inevitável. Durante toda a década de 40, a estratégia de Stalin em termos de administração territorial foi coerente com o modo de encarar a política e os seus opositores. Os prisioneiros alemães e húngaros da Segunda Guerra Mundial, os resistentes ou adversários internos, os separatistas das diferentes repúblicas da União Soviética, principalmente as bálticas, e todos os insatisfeitos com o regime socialista estabelecido foram deportados para o interior e norte do país, principalmente para a Sibéria. (As deportações de húngaros é apenas um pequeno exemplo da magnitude deste programa: Quando o "Exército Vermelho" invadiu a Hungria, foi estabelecido pela administração de Stalin uma quota mínima de prisioneiros a deportar para os campos de concentração da Sibéria, como forma de punição e aproveitamento de mão-de-obra escrava. Como a maioria dos jovens e adultos do género masculino tinham morrido na guerra a lutar ao lado dos alemães ou então, sendo sobreviventes eram prisioneiros de guerra dos americanos, a solução dos soviéticos foi deportar crianças e idosos apanhados à sorte nas ruas da capital ou nas aldeias de modo a preencher a quota estipulada). As opções políticas adoptadas por Stalin são identificadas hoje em dia como as típicas de um regime dictatorial. É verdade que a repressão das liberdades individuais por forma de deportações massivas, a fome provocada (principalmente na Ucrânia) pela insistência em políticas agrícolas erradas, as execuções da justiça com pena capital e os aprisionamentos desajustados resultaram numa cifra de mortes na ordem dos 10 milhões de pessoas. Mas é também verdade que foi principalmente graças ao esforço e tamanho das forças armadas organizadas e comandadas por Stalin, que a Alemanha de Hitler inverteu a sequência de vitórias militares que a levaram ao armistício incondicional. Josef Stalin faleceu por derrame cerebral em 5 de Março de 1953 e foi imediatamente substituído na governação por Malenkov embora tenha sido o seu sucessor Nikita Krushchev aquele que criticou duramente o estilo da governação anterior, denuciou os excessos cometidos e repudiou o sempre fomentado “culto de personalidade”, que na sua visão era desfavorável e contraditório nos "Estados Socialistas". As imagens apresentadas, excepto a primeira, não são propriedade do autor.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
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