... liberto da Repartição de Finanças e depois de uma muito breve passagem pelo escritório para tratar de assuntos pendentes, lançar ou aprovar as linhas de orientação do plano de acção do dia seguinte, o consultor, engenheiro, despe o título, as obrigações e a pele de profissional e oferece-se umas horas de relaxamento.
Aficionado na sua actividade desportiva favorita, o golfista corre para o seu campo habitual, de grau de dificuldade elevado, desafio à altura do perfeccionista que é. Mais um "eagle" para a lista deste coleccionador de troféus. Detentor já de uns quantos, proeza resultante de um menos desfavorável "handicap" de quem pretende ser irrecusável parceiro, adversário sempre pronto a desafiar, jogador que se preza, é a meta do "hole-in-one" que tem sempre em mente. Novamente como vencedor regressa a casa.
Ao jantar, o nato contador de histórias relata os feitos gloriosos do dia. Depois, o historiador escolhe um tema, o autor escreve, o bloguista edita, o comentador argumenta e contra-argumenta.
À hora de deitar, com outras histórias, das de encantar, o pai, o Ás, o campeão, o herói cresce, cresce aos olhos dos "pimpolhos" maravilhados, até que estes mergulham no mundo dos sonhos.
Por fim, coroando um dia pleno e já noutro cenário, sussurradas, outras "histórias" de encantar se lhes seguem. Aí, fundem-se e confundem-se apelidos (não o indivíduo), superlativos e verbos. Exausto e feliz, o homem de tantos apelidos sucumbe ao sono de justo.
Assim, animado de outras energias, a personagem descola-se do sujeito impessoal, adquire gradualmente um perfil psicológico, uma dimensão particular, afectiva.
O autor expressa agradecimento a Bee Macke pela composição e cedência de conteúdo para este artigo.
2 comentários:
Lisonjeia-me com mais este aditamento. Obrigada.
Falhou a côr do «autor»? Porque cinzento é que ele não é!
O bloqueio da sua janela de comentários é incómodo. Não dá para maximizar os comentários e dificulta a revisão na pré-visualização do nosso numa janela mais alargada. Terá certamente as suas razões.
Não era a esse «autor» a que me referia. Não faz sentido destacá-lo.
«...O historiador escolhe um tema, o autor escreve, o bloguista...»
Deixei-lhe um bilhete na sua caixa de correio.
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