assimilando um vício Magyar por entre viagens, aventuras e outros compromissos
segunda-feira, 18 de junho de 2007
A Quinta de Santa Bárbara
O almoço na Quinta de Sta. Bárbara foi por ocasião da celebração de uns magníficos quarenta anos de união matrimonial, junção de facto e por contrato desde 10 de Junho de 1967 em comunhão atestada em caderno de conservatória do registo civil da República Portuguesa.
Na mesa principal da sala histórica Inácio Loyola, de pedra robusta junto à lareira, o manjar proposto e anuído pelos convidados passou pelo Polvo à Lagareiro com migas e batata assada, bem como pelos Lombos de porco preto com maçã cozida e castanhas assadas, iguarias deliciosas acompanhadas a verde branco.
Sobranceira à Vila de Constância, a Quinta de Stª Bárbara com origens no séc. XV pertenceu ao amigo de Camões, D. Francisco Sampayo e Mello, a quem este dirigiu a trova Quinta e derradeira no banquete das trovas oferecido em terras de Goa, Índia.
A Quinta foi comprada a 19 de Setembro de 1695 por D. Fernando Martim Mascarenhas de Lencastre, antigo governador da Índia e de Pernambuco no Brasil, que efectuou grandes reformas nas casas nobres.
No séc. XVIII, desde 8 de Março de 1714 até 28 de Julho de 1759, esta Quinta foi propriedade dos padres Jesuitas que entregaram a António de Pádua a responsabilidade de efectuar a recuperação da capela.
O seu actual proprietário que a adquiriu nos anos setenta de século passado, apaixonado pelo restauro, adaptou o solar da Quinta de modo a receber hóspedes e recheou-a de obras de arte e antiguidades.
A 1 quilómetro da vila de Constância, a Quinta de Sta. Bárbara dispõe de quartos para pernoita com lareira e vistas panorâmicas, espaços ajardinados, piscina e diversos recantos mais ou menos românticos cobertos por latadas.
O majestoso Castelo de Almourol (séc. XII) encontra-se a 3 quilómetro de distância e podem ser feitas descidas no rio Zêzere em canôa, frequentar um picadeiro ou dar uma “espreitada” no recente Observatório Astronómico de Constância, colado aos muros da Quinta. Perto também existe um court de Ténis e um campo para treino de Golf.
2 comentários:
Anónimo
disse...
Querido,
É uma delícia sair de férias, não?
Perguntou-me sobre as regras que uso para escrever, respondo que não uso nada além da inspiração livre. As palavras me chegam, vão tomando forma e os textos surgem meio que sem querer. É isso!
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comentários
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Busque Amor novas artes, novo engenhopara matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes, nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal que mata e não se vê.Que dias há que na alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei porquê.Luís Vaz de Camões (1525-1580)
Temos, todos que vivemos,Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,E a única vida que temosÉ essa que é divididaEntre a verdadeira e a errada.Fernando Pessoa (1888-1935)
Perdi-me dentro de mim Porque eu era labirinto, E hoje, quando me sinto, É com saudades de mim.Passei pela minha vidaUm astro doido a sonhar.Na ânsia de ultrapassar,Nem dei pela minha vida... (...)
Desceu-me n'alma o crepúsculo; Eu fui alguém que passou. Serei, mas já não me sou; Não vivo, durmo o crepúsculo.Mário de Sá Carneiro (1890-1916)
Sim, sei bemQue nunca serei alguém.Sei de sobraQue nunca terei uma obra.Sei, enfim,Que nunca saberei de mim.Sim, mas agora,Enquanto dura esta hora,Este luar, estes ramos,Esta paz em que estamos,Deixem-me crerO que nunca poderei ser.Fernando Pessoa (1888-1935)
Eu quero amar, amar perdidamente!Amar só por amar: aqui... além...Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...Amar! Amar! E não amar ninguém!Recordar? Esquecer? Indiferente!...Prender ou desprender? É mal? É bem?Quem disser que se pode amar alguémDurante a vida inteira é porque mente!Há uma primavera em cada vida:É preciso cantá-la assim florida,Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!E se um dia hei-de ser pó, cinza e nadaQue seja a minha noite uma alvorada,Que me saiba perder... pra me encontrar...Florbela Espanca (1894-1930)
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Aqui direi que busco a só maneiraDe todo me encontrar numa certeza,Leve nisso ou não leve a vida inteira.José Saramago (1922-2010)
2 comentários:
Querido,
É uma delícia sair de férias, não?
Perguntou-me sobre as regras que uso para escrever, respondo que não uso nada além da inspiração livre. As palavras me chegam, vão tomando forma e os textos surgem meio que sem querer. É isso!
Boa semana para ti!
Beijinhossssss
Fiquei com vontade de ir là dar uma espreitadela, na minha proxima ida à "terra-mãe" ... Deve ser lindo ! Gosto do Ribatejo !
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