Sendo a sexta maior da União Europeia (em termos demográficos), conta com uma área metropolitana (considerando toda a Pest megye) de cerca de 3 milhões de habitantes, uma elevada concentração de população tendo em conta o total global de 10 milhões de húngaros existentes no território nacional.
Em 89 a.c. o Império Romano fundou a cidade Aquincum, na margem direita do Danúbio, passando a capital da província Pannonia desde o ano 106 a.c. até meados do século IV. Nesse local, hoje chamado de Óbuda, encontram-se vestígios enterrados e a céu aberto de anfiteatros, ruínas urbanas diversas, aquedutos, estradas, fontanários, salgadeiras...
Somente séculos mais tarde aparecem as cidades Buda (a sul de Óbuda) e Pest (na margem esquerda do Danúbio). Toda a Pest foi outrora uma zona pantanosa (bacia hidrográfica), fácil verificar pela qualidade dos solos e também pelo facto de em termos orográficos serem completamente distintas as cidades estabelecidas nas duas margens do rio.
No século X a região foi ocupada pelas tribos Magyar (húngaros) provenientes dos Urais (região onde hoje se situa algures o Cazaquistão, a sul da Rússia, nos limites ocidentais da Ásia) mas apenas em 1361 Buda foi declarada capital do reino dos húngaros.
No ano de 1541, Óbuda, Buda e Pest foram tomadas pelos turcos do Império Otomano e somente reconquistada 145 anos depois pelos exércitos poderosos do Império Austríaco, patrocinados obviamente pelo Santo Império.
Sob o domínio dos Habsburgos, Pest cresceu rapidamente entre os séculos XVIII e XIX (É dessa época o estilo arquitectónico predominante actualmente em Pest, bem como uma organização urbana exemplar).
No ano de 1849, o governo revolucionário (da revolução iniciada em 1848 com o objectivo de restabelecer a monarquia e território húngaro independente dos austríacos, reprimida no mesmo ano de 1849) ainda decretou a fusão das três cidades mas foi somente em 1867 que os austríacos concederam o direito aos húngaros para formarem um governo autónomo e por tal a fusão efectiva aconteceu no ano de 1873, Budapest, capital da Hungria sob o compromisso da monarquia Austro-Húngara.
Tal como é sabido, os húngaros aliaram-se aos alemães na II Guerra mundial, razão pela qual Budapest foi fortemente bombardeada pela aviação americana e posteriormente arrasada no processo de ocupação dos soviéticoss. Os alemães apenas dinamitaram as pontes sobre o Danúbio para impedirem o acesso do exército vermelho, a restante destruição foi da inteira responsabilidade dos “libertadores”.
Nos distritos (freguesias) VIII e IX de Budapest (no lado de Pest) são inúmeros os edifícios que ainda exibem as marcas desses danos (nunca foram reparados por alguma falta de capacidade financeira) e nos distritos centrais, também de Pest, é comum verificar alguns edifícios ainda apresentando perfurações da artilharia soviética na resposta à revolução de Outubro de 1956.
Os distritos de Budapest são numerados no sentido horário a partir do centro (sequencia numérica em espiral) e as suas denominações têm origem maioritáriamente nos nomes das antigas vilas, aldeias ou lugares que aos poucos foram incorporadas nas três cidades (Óbuda, Buda e Pest), hoje tidos como bairros.
A cidade de Budapest tem 9 pontes (Árpad híd, Margit híd, Széchenyi lánchíd, Erzsébet híd, Szabadság híd, Petöfi híd, Lágymányosi híd e as outras duas são ferrovia), 3 estações ferroviárias (Dély pályaudvar, Keleti pályaudvar e Nyugati pályaudvar, respectivamente estações sul, este e oeste), é servida por um moderno aeroporto internacional (Ferihegy) e uma excelente rede viária, ponto de partida de auto-estradas que a conectam directamente a Bratislava e Viena, bem como Ljubjana, Zagreb e aos limites fronteiriços com a Ucrania, Roménia e Sérvia.
1 comentário:
Adorei Budapeste! Acho uma cidade lindíssima com uma alma e nostalgia muito próprias.
Bj
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