Apelidou-a de “criatura rara” e lançou desafios, ofereceu a eleição de um assunto para publicar, propôs intercâmbio. O objecto do e-mail tornou-se dedicação animada na busca de coisas novas, como sempre. Enquanto ouvia a Rapsódia húngara nº2 de Liszt, Luísa procurava pelos “nús graciosos” que sabia existirem no museu Vasarely, junto à ponte Arpád, no Distrito III de Budapest. Nada encontrou. Desistente do nu, inverteu expectativas e formas. Buscas sucessivas trouxeram-lhe a geometria.
A instabilidade dos universos, a impressão do movimento, o sentido por detrás dos quadros. Uma forma de ver o mundo muito mais científica do que humanista. Apesar da ausência da forma despida, Luísa avançou para lá do movimento. A ousadia era desafio. Em jeito de resposta, começou a publicação de Vasarely com as mãos a tremer de medo. Nus que não se encontram, autor húngaro que nunca visitou e uma enorme vontade de continuar…
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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