sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

To be or not to be

Nunca por mero acaso... nos encontramos no local certo e à hora certa de algo ou nada acontecer.
Nunca por mero acaso... casou com Louis XVI a filha mais jovem de Maria Theresia (Sacra-Imperatriz Romano-Germânica, Rainha da Hungria, Croácia e Bohemia, Arquiduquesa da Áustria), irmã de quinze, também Arquiduquesa por consequência e Maria como sua mãe ou restantes onze irmãs.
Nunca por mero acaso... uma história inventada de amor é diferente de uma história de amor inventado e integrar uma construção dependente de improvisação somente é possível enquanto forem corrigidas as trajectórias do enredo com reformulação das idéias alienígenas pertencentes a esse mesmo tipo de construção.
Nunca por mero acaso... a caravana que integrou Solimão não terá sido importunada por cães à sua passagem, diferente do acontecido na Jangada de Pedra, romance do mesmo autor, onde não faltaram uivos e latidos principalmente nos Pirinéus e onde o referido elefante supostamente circulou alguns séculos antes.
Nunca por mero acaso... um desafio se torna um exercício de imaginação, brilhante quando enriquecido por um discurso elegante e com excelência de conteúdo e forma de modo a não desiludir leitores habituados.
Nunca por mero acaso... os leitores assíduos do Szerinting preferem chocolate negro, principalmente quando transformado em untuoso fondant de chaud-froid à la vanille, nada de pas vu, bem pelo contrário, um déjà vu, déjà connu, déjà vécu, mas sempre bienvenu.
Nunca por mero acaso... as teclas abusam e saltitam que nem pardalitos enquanto ideias divertidas jorram em conjunto com sorrisos, mais do que Moleskines gordos de notas amontoados na secretária.
Nunca por mero acaso... To be or not to be é o título apropriado para uma espécie de plágio assumido, que sem outros vícios de subjectividade havia antes de se chamar simplesmente To bee or not to be.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca por mero acaso...
se transforma num delicioso jogo literário uma anunciada espécie de usurpação que, por adaptada com subtileza e arte, não merece protesto mas antes a admiração de sempre.
Bee